2018, o que vem por aí? Os desafios continuarão e, planejar é palavra de ordem!

2017 foi um ano em que definitivamente a indústria automobilística retomou o crescimento, férias coletivas foram interrompidas, aumentaram as vendas de veículos leves e comerciais, as exportações cresceram, tudo isso ocorreu com o apoio de bons indicadores econômicos como a baixa inflação e taxa de juros atraentes. A economia se desvinculou do cenário político e começamos a enxergar um horizonte promissor para 2018, segundo a Fenabrave deveremos produzir entre 2,4 e 2,6 milhões de carros.

Tudo indica que será um ano de crescimento estruturado em que o carro zero estará mais próximo de muitos brasileiros, e essa renovação trará também um bom movimento no mercado de seminovos juntamente com os setores de peças e de serviços.

Os desafios continuarão em 2018

A seção de apostas continuará aberta, nossa indústria continuará um olho aqui e outro nas novidades. A cada dia surgem novas tecnologias, materiais, softwares e apresentações com grande glamour, algumas de consistência e implementações discutíveis, mas, de maneira geral, podemos dizer que estamos vivendo um período de questionamentos.

O mundo exige dos veículos mais segurança, eficiência e menos poluentes, e nós queremos saber o que deve emplacar no Brasil: seriam os veículos exclusivamente elétricos, híbridos ou ficaremos buscando melhorias na eficiência do motor a combustão?

Posso garantir ao nosso leitor que dentro do cenário mundial não existe um único caminho quando o assunto é produção de energia limpa. Os custos de produção, as reservas e a capacidade de abastecimento são muito diferentes em cada região do planeta.

O lítio, utilizado na produção de baterias, é de difícil manuseio, as reservas estão na China e na Bolívia e mesmo que importássemos as baterias teríamos sérios problemas de infraestrutura. Grandes cidades como São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre não teriam como recarregar durante a noite milhões de veículos simultaneamente.

Você deve estar me perguntando, mas e os painéis solares? Calma, ainda são caros e de baixo rendimento, se você colocar um desses no seu telhado vai levar no mínimo oito anos para pagá-lo.

Os híbridos que possuem os dois propulsores, elétricos e a combustão, são veículos interessantes no aspecto de eficiência energética, mas ainda complicados quando o assunto é produção e manutenção.

Além do motor a combustão, eles carregam todas as exigências na produção e manutenção da bateria de lítio, bem como um complexo sistema de gerenciamento entre as duas fontes de propulsão. Tudo isso, apesar dos bons resultados, permanecem muito distante do bolso da maioria dos brasileiros $$$.

Em 2018 teremos muitas novidades no mundo, porém não espere por mudanças radicais nas nossas linhas de montagem. O etanol continuará sendo um trunfo dentro do cenário mundial, temos solo rico e farto para plantação da cana, combustível com baixa emissão de poluentes, temos uma indústria instalada voltada para o ciclo Otto (motor a combustão) e, principalmente, temos que pensar nos impactos sociais das inovações: são milhares de empregos voltados aos motores a combustão.

Planejar é palavra de ordem. Não podemos permitir que ocorra com a indústria automobilística o mesmo desastre que ocorreu, por exemplo, com a indústria petrolífera na região de Macaé no Rio de Janeiro, onde muitos empregos simplesmente foram extinguidos da noite para o dia.

Fique ligado, estaremos acompanhando todas as mudanças bem de perto para trazer as novidades em tempo real.

Por Globo.com /G1

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