O ano de 2022 começou, mas ainda há incerteza quanto às vendas do novo ano, devido à crise de semicondutores que atinge a indústria automobilística mundial. No mercado nacional, porém, as locadoras querem compensar (em parte) o tempo perdido.
Tendo expectativas abaixo do esperado, o setor quer pelo menos comprar 400.000 carros este ano, um número muito abaixo do que normalmente as empresas de aluguéis de carros, adquirem das montadoras.
Para Marco Aurélio Gonçalves Neto, novo presidente da Abla, associação que reúne as locadoras de veículos no país, pode ser possível alcançar um volume entre 600 mil e 700 mil.
Gonçalves Neto, no entanto, ressalta que o volume de 400.000 unidades é insuficiente para atender a demanda. O executivo apontou ainda que, além da crise do chip, existe o impacto do avanço da Covid-19.
Isso pode afetar a produção das montadoras se a pandemia voltar a acelerar, desacelerando o ritmo das fábricas e ampliando a escassez de produto no mercado.
Só em 2021, com as locadoras cancelando as revendas de carros usados para evitar perder a frota, o efeito da retenção do repasse de veículos para lojas multimarcas, ajudou a ampliar os preços dos seminovos.
A isso se somou a alta dos preços dos carros novos para compensar a baixa produtividade, falta de chips e os efeitos da Covid. Sem comprar, as locadoras viram suas frotas envelhecerem.
Mesmo assim, para 2022, a Abla espera alta de dois dígitos no mercado de locação de veículos, porém, sem carros para atender todo mundo.
Marco Aurélio Gonçalves Neto explica que muitas empresas decidiram reduzir os custos com frotas próprias, buscando economizar com o aluguel de veículos, que demanda muito menos dinheiro.
Outro efeito é a alta do número de pessoas físicas que alugaram via assinatura ou locação normal para reduzir o impacto decorrente da pandemia.
Para estes, locadoras como a Unidas, pensa ser o momento de apresentar-lhes o carro elétrico, iniciando por executivos, e comprará 2.000 carros este ano.
Fonte: Auto Data