Até 2030, 12% dos modelos fabricados no Brasil serão híbridos e elétricos. É o que diz a Bright Consulting, empresa que tem montadoras como clientes e que domina o mercado de consultoria de inteligência competitiva no país (com 65% de participação).
Os carros com as novas tecnologias deverão fazer parte dos cerca de R$ 100 bilhões de investimentos anunciados pelas montadoras para os próximos anos. Vale destacar que atualmente a maioria dos modelos híbridos comercializados no mercado nacional são importados. Entre os produzidos por aqui, destaque para os modelos da Toyota, como o Corolla Cross e o Corolla, além dos carros da Caoa Chery, como o Tiggo 5x Pro Hybrid e o Tiggo 7 Pro Hybrid.
Híbrido flex é o futuro
Para o futuro, a solução projetada para o Brasil e também como forma de transição energética será o híbrido flex, devido principalmente ao etanol.
Um estudo exibido pela consultoria mostra que do poço à roda de um elétrico, ou seja, de todo o seu ciclo de vida, da produção até a sua utilização, ele emite 18 CO2 g/Km, enquanto um híbrido flex abastecido com etanol lança 48 CO2 g/Km. Para efeito de comparação, um carro somente a gasolina emite 183 CO2 g/Km.
“O elétrico é um futuro inexorável. Mas nós temos uma ponte até o veículo elétrico e a gente já tem esse combustível, não precisaria fazer um investimento grande. Você teria menos oneração para o consumidor, uma tecnologia menos complexa e com menor custo para a moradora”, afirma Murilo Briganti, COO da Bright Consulting.”
Motor a combustão seguirá por muito tempo
Mesmo com o boom recente de carros elétricos no mundo e no Brasil – principalmente com a chegada das chinesas BYD e GWM – o motor a combustão vai permanecer por um longo período.
De acordo com a empresa, a previsão é de que 88,21% da frota brasileira em 2030 será de automóveis a combustão, enquanto 9,83% contará com um um conjunto hibrido e apenas 1,96% propulsão elétrica.
Para se ter uma ideia, atualmente a frota de carros a combustão é composta por 99,72%, sendo que modelos híbridos são 0,25% e puramente elétricos 0,03%.
Para o mercado global, o cenário tem a seguinte projeção para 2030: 77% a combustão e 23% de eletrificados (12% de híbridos e 11% de elétricos).
Fonte: Istoé Dinheiro