No período, as compras externas de automóveis chegaram a US$ 1,42 bi, alta de 46,36%.
Mesmo com a volta da alíquota do Imposto de Importação (II) para eletrificados, as importações de veículos cresceram mais de 40% no acumulado de janeiro a março deste ano.
Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), no primeiro trimestre as compras externas somaram US$ 1,42 bilhão, alta de 46,3% no comparativo com o mesmo período de 2023. A participação do setor no total das importações brasileiras passou de 1,65% no ano passado para 2,47%.
Em março, de acordo com os dados, as importações alcançaram US$ 601,1 milhões ante US$ 457,5 milhões, ganho de 31,37%. A participação das compras externas de veículos no total passou de 2,07% para 2,93%.
Segundo o coordenador-geral de estatísticas da Secex, Saulo Castro, a China foi o maior parceiro brasileiro nas importações de veículos. O país foi responsável por US$ 570 milhões das compras brasileiras no primeiro trimestre.
“As duas principais linhas de importação com origem da China foram de carros elétricos e híbridos. É isso que puxa os resultados no trimestre”, disse Castro.
Em contrapartida, segundo ele, a Argentina perdeu espaço na corrente de comércio do setor no Brasil. Castro ressalta que, de janeiro a março, as compras de veículos produzidos no mercado argentino caíram 40,1% em relação ao mesmo período de 2023.
Em janeiro deste ano, a alíquota do Imposto de Importação voltou a ser cobrada para veículos eletrificados no Brasil de forma escalonada. A expectativa é de que a tarifa cheia, 35%, seja incidida até 2026.
Para veículos puramente elétricos, em janeiro o II passou a ser cobrado em 10%, em julho chega a 18%, em 2025 a 25% e em 2026, a 35%.
No caso de carros híbridos, a alíquota do imposto começou com 12% em janeiro de 2024; 25% em julho de 2024; 30% em julho de 2025; e alcança os 35% em julho de 2026. Para híbridos plug-in, começou com 12% em janeiro, 20% em julho, 28% em 2025 e 35%, em 2026.
“É natural que os importadores tenham esse movimento de antecipar as importações em função do retorno da alíquota. E isso foi feito dessa forma para não pegar de surpresa o consumidor e formar o mercado no país”, disse o diretor de estatísticas e estudos de comércio exterior, Herlon Brandão.
Fonte: Automotive Business