O setor de locação de veículos também foi impactado pela greve dos caminhoneiros. De acordo com estimativa da ABLA (Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis), cerca de 30% da frota disponível para o aluguel diário (aproximadamente 85 mil veículos) esteve temporariamente impedida de ser alugada.
“Entram nessa conta tanto os veículos que saíram das locadoras com tanque cheio e que não puderam ser devolvidos dessa forma pelos clientes, quanto os veículos que inclusive foram devolvidos antecipadamente, em função da dificuldade de abastecimento encontrada pelos usuários para continuarem rodando”, explica Paulo Miguel Junior, presidente da ABLA.
“As locadoras estão passando pelo mesmo problema que os proprietários de veículos em geral”, avalia. “Como o setor libera os carros com tanques cheios e os usuários começaram a devolvê-los vazios, na medida em que não encontraram meios para reabastecimento, nós ficamos sem boa parte da nossa principal ‘matéria-prima’ para alugar aos próximos clientes”.
De acordo com a entidade, a oferta total da frota para aluguel diário somente será normalizada quando a oferta de combustível no varejo também estiver normalizada.
Conforme o SERPRO (Serviço Federal de Processamento de Dados), a frota total do setor de locação de veículos no Brasil é de 709 mil veículos, sendo que aproximadamente 280 mil são destinados para o aluguel diário (principalmente para turistas em viagens de negócios e/ou de lazer).
A maior parte da frota das locadoras (aproximadamente 430 mil veículos) está atualmente voltada para o aluguel de longa duração, que inclui o atendimento de clientes corporativos (terceirização de frotas inteiras para pequenas, médias e grandes empresas públicas e privadas, além de órgãos públicos federais, estaduais e municipais).
Por Money Times