A eletrificação dos motores como solução para tornar o trânsito mais sustentável é uma realidade do cenário atual. Hoje, diversas montadoras produzem nacionalmente ou importam carros elétricos.
Ao mesmo tempo, as vendas não param de crescer. De acordo com Associação Brasileira de Veículos Elétricos (ABVE), foram emplacados 13.899 carros elétricos durante os primeiros seis meses deste ano. Um novo recorde para o setor.
Esse número representa um aumento de 84% com relação ao mesmo período do ano passado. O balanço ainda traz dados sobre o mês de junho. De acordo com ele, o mercado cresceu 13% em relação a maio. Ao todo, foram comercializadas 3.507 unidades em todo o País.
Uma marca bastante expressiva. Ainda mais se pensarmos que não temos opções de veículos que custam menos de R$ 150 mil. Hoje, o modelo mais barato é o JAC Motors iEV20, que custa R$ 159.990.
Mesmo assim, os interessados em comprar um “carro verde” podem encontrar uma ampla variedade de carroceria. Para empresas e trabalhadores autônomos, já é possível encontrar diversos modelos de comerciais leves. O BYD eT3, por exemplo, é um dos mais vendidos do Brasil.
Após um tempo fora, o modelo foi re-lançado no começo do ano. O pequeno furgão chinês pode ser uma escolha útil para rodar nas grandes cidades. Ele pode levar até 720 kg de carga útil e tem volume máximo de carga de 3.300 litros. Sua bateria de 50,3 kWh é o principal destaque. Ele garante uma autonomia de 300 km (ciclo NEDC).
“A adoção dos 100% elétricos será inicialmente puxada por corporações que busquem de fato cumprir com o ESG, que tenham aplicações de serviço 24/7, que estejam abertas para abastecê-los com energias limpas como a fotovoltaica, e que aqui na TB Green chamamos de projeto ‘Sun to Whee’l.” diz o diretor geral da empresa Carlos Roma.
“Cerca de 82 unidades foram compradas pela empresa. Não é apenas o veículo elétrico, formamos internamente os Green Pilots, que pertencem às minorias sociais, dirigem de forma eficiente e dão exemplo de cidadania e comportamento correto no trânsito”, completa Roma.
Um outro problema bastante recorrente é a falta de incentivo. Poucas cidades procuram soluções práticas para o uso de carros desse tipo. Em São Paulo, por exemplo, os donos de carros elétricos podem circular em dias de Rodízio Municipal e possuem isenção de 50% no valor do IPVA.
Enquanto isso, em Curitiba-PR, eles estão isentos de pagar a Zona Azul (estacionamento).
Fonte: Garagem 360 – por Pedro Giordan