Conforme estimativa da ABLA, desde junho a alta dos preços dos combustíveis foi a principal causadora da devolução de aproximadamente 30 mil veículos que estavam alugados para motoristas de aplicativos no país. Agora, em vez de 200 mil, são 170 mil carros alugados para esse fim, sendo que a associação estima em 250 mil veículos o potencial do setor para atender a esse perfil de usuário.
Para o presidente da ABLA, Paulo Miguel Junior, o potencial de alugar até 250 mil carros para motoristas depende diretamente do preço da gasolina e de reajustes nos repasses das corridas por parte dos aplicativos. “No que tange ao combustível, estamos trabalhando com a possibilidade de recuo do litro da gasolina em 2022, voltando à média entre R$ 4 e R$ 5”, adianta Miguel Junior.
A associação menciona que o preço do combustível flutua conforme a variação cambial e, sendo assim, “em havendo menor pressão sobre o dólar em 2022 é possível crer que picos acima de R$ 7 por litro de gasolina, em estados como o Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Goiás, por exemplo, não vão se sustentar no ano que vem”, explica Paulo Miguel Junior.
A projeção da entidade setorial em alugar até 250 mil veículos para motoristas de aplicativos se dá mesmo diante das atuais dificuldades das locadoras em aumentar a frota. Conforme a ABLA, as empresas de aluguel de carros teriam potencial para comprar 800 mil automóveis e comerciais leves em 2021, porém deixarão de comprar entre 420 mil a 450 mil, em função das dificuldades das montadoras com falta de insumos para produzir esses carros.
Fonte: ABLA