Modalidade pode ser vantajosa para quem utiliza veículo no dia a dia, mas nem sempre compensa. Em 2022, número de veículos destinados a esse modelo de negócio subiu 42% em todo o país, aponta ABLA.
O gerente de TI André Marques aderiu ao carro por assinatura há um ano em Ribeirão Preto (SP) e não se arrepende. Ao menos para ele, a troca dos gastos com documentação, tributos e manutenção por uma taxa fixa mensal compensou.
“Se você colocar em quatro anos, que geralmente é um prazo de financiamento, são R$20 mil, aproximadamente, de economia assinando o veículo”, afirma.
O comportamento de clientes como André tem cada vez mais movimentado as empresas do setor na cidade, acompanhando uma tendência nacional de crescimento.
Segundo a Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis (ABLA), em 2022 houve alta de 42,5% nas contratações de carros por assinatura. Foram 115 mil alugueis em comparação com 90 mil em 2021.
Para quem se empolga com a ideia, o importante é colocar uma série de prós e contras na balança.
Especialistas consultados pela reportagem, por um lado, apontam que o pagamento de uma taxa fixa mensal, para ter sempre um veículo novo na garagem, e sem precisar arcar com manutenção e tributos, pode ser um atrativo.
“Toda documentação, seguro, a parte de manutenção, está tudo previsto dentro do seu valor de assinatura. E aí é só você pagar o seu valor de assinatura e abastecer o carro. Você não tem mais dor de cabeça nenhuma”, explica Jaqueline Gulart, gerente de vendas e assinaturas.
Outra questão que deve ser levada em conta por quem ainda não aderiu é a possibilidade de obter um dinheiro extra com a venda do carro próprio.
Em contrapartida, os usuários devem saber que um contrato com tempo pré-determinado tem multas por cancelamentos antecipados e inclui limite de quilometragem mensal – com pagamento extra no caso de se usar mais o carro do que o contratado no período.
Hoje, em Ribeirão Preto, existem opções a partir de R$ 1,9 mil por mês, com contratos de 1 a 3 anos, com limites mensais que variam de 1 mil a 2 mil quilômetros rodados, segundo Jaqueline.
“Quem anda mais, gasta um pouco mais com a mensalidade, e quem fica mais tempo com o carro, esse valor cai um pouco também”, afirma a gerente de vendas.
O economista Diego Galli Alberto explica que o carro por assinatura tende a ser mais vantajoso para quem roda mais com o carro e por mais tempo.
“Um carro que roda bastante passa a exigir uma manutenção maior e periódica e isso, quando se trata de uma propriedade privada, muitas vezes, você tem um desembolso maior por não fazer no período certo”, diz.
Fonte: g1.com