Stellantis quer oferecer novamente marcas que já tiveram modelos comercializados no Brasil, como Alfa Romeo, DS e Opel.
Ganho de musculatura decorrente da fusão entre PSA e FCA que agregou 14 marcas (Abarth, Alfa Romeo, Chrysler, Citroën, Dodge, DS, Fiat, Jeep, Lancia, Maserati, Opel, Peugeot, Ram e Vauxhall) animou o Grupo Stellantis, hoje o quarto maior fabricante de veículos do mundo (Toyota, VW e Aliança Renault Nissan Mitsubishi são os três maiores), a focar com maior empenho cada uma delas. Exceção é a Vauxhall que é como se chama a Opel na Grã-Bretanha.
No Brasil o movimento começou pela valorização da Abarth que estará numa versão do SUV Pulse e deve estrear em novembro. A Fiat nem terá seu logotipo no Pulse Abarth para que a grife esportiva fique mais conhecida.
Os rumores apontam uma expansão em direção a outras marcas do grupo, após encontro recente em Paris entre executivos da Stellantis e representantes de redes de concessionárias brasileiras. Nessas reuniões sempre há os mais entusiasmados que consideram sondagens como algo já definido.
As ideias da Stellantis para suas marcas
- Volta da DS – Essa marca de luxo inicialmente com base em modelos Citroën foi comercializada no Brasil entre 2012 e 2016. Houve grande evolução na Europa e desde 2015 tem atuação independente voltada para o mercado premium.
- Retorno da Alfa Romeo – A tradição de 112 anos não foi suficiente para se consolidar no Brasil. Esteve no início da indústria automobilística brasileira com o FNM 2000 JK em 1960. Depois o Alfa Romeo 2300 fabricado em Duque de Caxias (RJ) e Betim (MG) de 1974 a 1986. Em 1991 voltou com o modelo importado 164. Apesar dos esforços da Fiat (dona da marca desde 1986), a Alfa Romeo deixou o País em 2006. A força e as sinergias da Stellantis poderiam transformar rumores em fatos.
- Início dos trabalhos para importar Opel – Já foi desmentido mais de uma vez e agora os estudos estariam começando. A marca alemã era da GM que a vendeu para a PSA em 2017. Carros da Opel produzidos aqui como Chevrolet foram a base do Opala (1968) e pelo menos outros 10 modelos durante meio século, mas a GM não divulgou e nem importou qualquer produto co o nome Opel. Está aí um bom desafio para a Stellantis.
- Importação de modelos Maserati – O importador oficial ainda é a Via Itália que trabalha também com Ferrari, Lamborghini e Rolls-Royce. A Stellantis teria condições de assumir a operação, em caso de interesse.
- Expansão nas vendas de elétricos e eletrificados Peugeot e Citroën – A partir de 2023 todas as concessionárias no Brasil poderiam comercializar estes modelos e não apenas em algumas capitais. Isso é factível e a assistência técnica poderia atender os clientes por regiões.
Fonte: Auto Papo